A diarreia em leitões afeta diretamente a produtividade da granja. Reduz o ganho de peso, aumenta a mortalidade e eleva os custos com tratamentos.
Mesmo sendo comum, ainda é tratada de forma reativa em muitas produções.
Você sabe como antecipar esse problema e proteger os animais desde os primeiros dias de vida?
Continue lendo para entender as causas, fases críticas e as estratégias mais eficazes para prevenir e controlar a diarreia em leitões.
O que causa diarreia nos leitões?
A diarreia em leitões, especialmente nas primeiras semanas de vida, tem origem multifatorial. Isso significa que não há um único culpado, mas sim uma combinação de agentes infecciosos, falhas no manejo e condições ambientais desfavoráveis.
Os patógenos mais comuns incluem bactérias como Escherichia coli enterotoxigênica e Clostridium perfringens, vírus como os rotavírus A e C, e parasitas como Isospora suis. Em muitos casos, ocorre coinfecção, o que intensifica os sintomas e dificulta o tratamento. Além dos agentes infecciosos, fatores de manejo contribuem de forma significativa para a ocorrência de diarreia. Entre eles estão a ingestão inadequada de colostro, ambientes com baixa temperatura e alta umidade, presença de resíduos orgânicos nas maternidades, desmame precoce e mudanças abruptas na alimentação.
O uso empírico de antibióticos, sem diagnóstico laboratorial, também pode piorar o quadro ao mascarar sintomas e favorecer a resistência microbiana.
Diarreia em leitões: maternidade x pós-desmame
Na maternidade (0 a 21 dias):
- Comum nos primeiros dias de vida, principalmente entre o 1º e o 7º dia.
- Associada à baixa ingestão de colostro e à exposição precoce a patógenos como E. coli, Clostridium perfringens e rotavírus.
- Fatores agravantes incluem ambiente frio, umidade excessiva, cama suja e presença de resíduos orgânicos.
- Coinfecções são frequentes e dificultam a resposta aos tratamentos.
- Leitões acometidos tendem a ter menor ganho de peso e maior mortalidade.
Pós-desmame (a partir de 21 dias):
- Surge após a mudança alimentar e retirada do leite materno.
- Causada, em grande parte, por disbiose intestinal e estresse nutricional.
- Escherichia coli é o principal agente envolvido nessa fase.
- É comum em leitões que enfrentam transição alimentar brusca, com rações de baixa digestibilidade.
- Pode ser agravada por superlotação, variações de temperatura e uso ineficaz de antibióticos.
Como evitar diarreia em leitão?
Prevenir a diarreia em leitões exige uma estratégia coordenada que envolva manejo neonatal eficiente, controle ambiental rigoroso, vacinação preventiva e suporte nutricional específico. Essas ações precisam ser aplicadas de forma integrada para garantir a proteção dos leitões nas fases mais críticas
Colostragem
A primeira medida é assegurar uma colostragem eficaz nas primeiras seis horas de vida, período em que a absorção de imunoglobulinas é mais eficiente. Leitões de baixo peso devem receber atenção especial, pois são mais vulneráveis à falha de transferência de imunidade.
Higienização
Outro ponto essencial é a higienização das maternidades. A limpeza entre lotes deve eliminar resíduos orgânicos e reduzir a carga microbiana no ambiente, criando uma base sanitária segura para os novos nascimentos. Ambientes sujos ou úmidos favorecem a proliferação de agentes entéricos
Controle de temperatura ambiental
A temperatura da baia também precisa ser cuidadosamente controlada. Leitões recém-nascidos são sensíveis a variações térmicas e exigem um ambiente em torno de 30 a 32 °C nas primeiras 48 horas. Temperaturas inadequadas afetam a mamada e aumentam o risco de diarreia.
Qualidade da cama e ventilação
A qualidade da cama influencia diretamente a pressão de infecção. Ambientes secos, com boa drenagem e ventilação, reduzem o crescimento de microrganismos e ajudam a manter os leitões mais ativos e saudáveis.
Água limpa e livre de contaminação
A água de bebida, muitas vezes negligenciada, deve ser limpa, fresca e disponível em quantidade adequada. Contaminações por coliformes e outros patógenos via bebedouros são causas comuns de surtos recorrentes.
Uso racional de antibióticos
O uso de antibióticos deve ser baseado em diagnóstico preciso. Aplicações empíricas, sem confirmação laboratorial, não apenas falham em resolver o problema como também favorecem a seleção de bactérias resistentes, tornando os tratamentos futuros menos eficazes.
Vacinação das matrizes
A vacinação das matrizes é outra etapa decisiva na prevenção. Protocolos que incluem Escherichia coli, Clostridium perfringens e rotavírus garantem que os leitões recebam anticorpos via colostro logo após o nascimento, formando uma linha de defesa eficiente contra os principais patógenos.
Em surtos persistentes, é indispensável investigar as causas com apoio laboratorial. Exames como PCR, cultura bacteriana e histopatologia ajudam a identificar o agente envolvido e a ajustar o protocolo de intervenção com mais precisão.
Aliado a essas práticas, o uso de aditivos funcionais tem ganhado destaque como ferramenta preventiva. Compostos como ácidos orgânicos, prebióticos, probióticos e óleos essenciais fortalecem a microbiota, melhoram a integridade da mucosa intestinal e ajudam a reduzir a incidência de diarreia clínica sem recorrer ao uso contínuo de antibióticos.
O que é bom para controlar a diarreia em leitões?

Manejos adequados e estratégias nutricionais específicas são fundamentais para controlar a diarreia em leitões de forma eficaz e sustentável. Entre as ferramentas com maior respaldo técnico estão os aditivos funcionais, que atuam diretamente na saúde intestinal e na resistência do animal a desafios entéricos.
Os principais incluem:
- Ácidos orgânicos (como ácido benzoico e fórmico): reduzem o pH intestinal, inibem a multiplicação de patógenos e estimulam a digestão enzimática, favorecendo a conversão alimentar no pós-desmame.
- Prebióticos e probióticos: promovem o equilíbrio da microbiota intestinal, fortalecem a integridade da mucosa e reduzem o risco de disbiose, especialmente em momentos de transição alimentar.
- Óleos essenciais (como timol e carvacrol): atuam como antimicrobianos naturais e têm ação anti-inflamatória, auxiliando na modulação imunológica e no controle de patógenos entéricos.
- Zinco em níveis farmacológicos controlados (preferencialmente na forma de óxido de zinco): favorece a regeneração da mucosa intestinal e ajuda no controle de diarreia clínica, quando utilizado com base técnica.
Esses recursos, combinados em um plano nutricional bem estruturado, ajudam a reduzir significativamente a incidência de diarreia, melhorar o desempenho zootécnico e diminuir a necessidade de medicamentos ao longo do ciclo produtivo.
A nutrição funcional como diferencial produtivo
A adoção de aditivos funcionais como parte do plano nutricional não é apenas uma tendência, mas uma estratégia validada por estudos e pela prática de campo.
Em um experimento conduzido com o simbiótico, aves suplementadas apresentaram maior altura de vilosidades intestinais, melhor relação vilosidade:criptas e redução significativa de lesões em jejuno. Esses resultados indicam uma mucosa mais íntegra e funcional, favorecendo o desempenho zootécnico.
Além de reduzir a dependência de antibióticos, essa abordagem está alinhada às exigências de mercado por uma produção mais eficiente e segura do ponto de vista sanitário e alimentar.
As principais estratégias para evitar diarreia em leitões
O verdadeiro diferencial no controle da diarreia em leitões está em antecipar o problema, não apenas reagir a ele. Isso exige mais do que boas práticas: exige consistência técnica, conhecimento sobre o sistema produtivo e o uso das soluções certas, na hora certa.
Os produtos da Biosyn fazem parte dessa abordagem estratégica. Desenvolvidos com foco na saúde intestinal e no desempenho zootécnico, eles podem ser aliados importantes dentro de programas nutricionais integrados e baseados em evidência.
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